Casal é condenado por matar filha recém-nascida e jogar corpo na lixeira

Um casal acusado de matar a filha recém-nascida asfixiada, logo após o parto, em 2011, em Cuiabá, foi condenado à prisão. O julgamento de Marcos Antônio Andrade da Silva, de 45 anos e Marcela de Souza Cardoso, de 34 anos, foi realizado, na segunda-feira (30), na capital.

A defesa dos réus foi feita por uma defensora pública, que vai recorrer da decisão.

De acordo com a sentença, a mãe foi condenada a dois anos de detenção em regime fechado, mais dois anos e quatro meses de reclusão, em regime aberto. Além da prisão, ela foi condenada a pagar 30 dias-multa.

Já o pai, foi condenado a três anos de reclusão, em regime aberto e à pena de 40 dias-multa.

A sentença foi proferida pela juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, que presidiu o júri popular.

De acordo com o processo movido pelo Ministério Público Estadual (MPE), a rejeição dos pais à criança, começou antes mesmo dela nascer.

Marcos Antônio, que já tinha outros dois filhos, não queria arcar com as despesas de mais uma criança. Ele teria convencido a mulher, a não ter o bebê desde a descoberta da gravidez.


Marcela teria acatado as orientações do marido, fazendo uso de métodos abortivos para tentar interromper a gestação.

Depois de ter sido presa, a mãe teria confessado à polícia que jogou a recém-nascida no vaso sanitário e apertou a descarga.

Depois de aproximadamente uma hora, Marcela teria retirado a criança do vaso ainda com vida e colocado papel higiênico na garganta da menina até que ela morresse asfixiada.

Ainda segundo confissão da mãe, após se certificar que o bebê estava morto, ela teria enrolado o corpo enrolado num pano, colocado em um saco plástico e depositado na lixeira do condomínio para dar impressão de que fosse lixo doméstico.

O corpo da recém-nascida foi encontrado no mesmo dia, por um catador que vasculhava a lixeira em busca de produtos recicláveis.


À época, o casal foi preso, mas conseguiu liberdade e estava solto até o julgamento.



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