Foi encontrado morto, na manhã desta segunda-feira, 22, num prédio que serve como mesquita para um grupo de muçulmanos em Vilhena, o comerciante Ahmed Elshafei. Ele tinha 60 anos, dez deles morando na cidade, onde chegou a abrir uma loja de confecções. Ultimamente, Ahmed fazia vendas ambulantes.
Segundo um dos freqüentadores da mesquita, a provável causa da morte teria sido um infarto fulminante. Na semana passada, o egípcio havia sido internado no Hospital Regional de Vilhena com problemas cardíacos. Em 2018, ele chegou a passar por um cateterismo.
Funcionário de uma empresa que fiscalizava o abate de gado no frigorífico JBS Friboi em Vilhena, onde garantia que o processo obedecia às regras previstas pelo islã, Ahmed resolveu fixar residência na cidade após sair da firma. “Ele gostava muito do clima e das pessoas, e era muito querido”, disse ao site um amigo do egípcio.
Segundo o entrevistado, ontem à noite, ele sentiu falta do irmão de fé, mas imaginou que Elshafei, que costumava conduzir as orações na mesquita, estivesse descansando. Hoje, como ele continuava dentro do imóvel, a porta foi arrombada. O corpo do muçulmano estava no chão.
Sozinho no momento do ataque, já que sua esposa estava visitando a mãe no Paraná, Ahmed tinha filhos na França e no Egito, para onde seu corpo pode ser levado.