Estudo mostra que escrever à mão é melhor para o cérebro do que escrever usando computador

Pesquisa científica constatou que aprendemos mais quando escrevemos com lápis e caneta.
A tecnologia chegou para ficar.

E os avanços dela na nossa vida é inegável, em todos os aspectos.

Nas escolas, dentro das salas de aula, não é diferente.

Papel, lápis e caneta foram substituídos por laptops/notebooks, e o velho quadro negro e giz já não existem mais para muitos estudantes.

É claro que digitar textos e fazer anotações no computador é muito mais rápido e fácil.

Mas será que o aprendizado não está sendo prejudicado?

Será que os alunos estão absorvendo o conteúdo como deveriam?

Para cientistas, a resposta é não.

De acordo com os resultados de um estudo publicado na Psychological Science, o fato de você demorar mais para fazer anotação à mão é justamente o que torna esse método mais eficiente a longo prazo.

“Nossas novas descobertas sugerem que, mesmo quando laptops são usados ​​apenas para anotações acadêmicas – e não para comprar coisas na Amazon durante as aulas – eles ainda podem estar prejudicando o desempenho dos alunos”, explicou a principal autora do estudo, Pam A. Mueller, da Universidade de Princeton.

Sua pesquisa, realizada ao lado de Daniel M. Oppenheimer, da UCLA, envolveu 65 estudantes universitários.

Cada um foi instruído a assistir a uma palestra, cobrindo tópicos que eram “interessantes, mas não de conhecimento comum”.


Os alunos recebiam laptops ou cadernos.

A escolha deveria ser feita considerando o método adotado normalmente por eles, ou seja, aquele com o qual eles estavam mais acostumados.

Um total de 30 minutos depois, eles foram convidados a responder dois tipos de perguntas com base na palestra a que assistiram: questões de recordação factual e questões de aplicação conceitual.

Pesquisadores descobriram que, embora os dois tipos de anotadores tenham apresentado um desempenho tão bom quanto as questões de recordação factual, os anotadores de portáteis (laptops) apresentaram um resultado “significativamente pior” nas questões conceituais.

E Muller explica o motivo:

“Quando as pessoas digitam suas anotações elas têm a tendência de tentar escrever a maior quantidade possível do conteúdo absorvido na palestra.

Já os estudantes que fizeram anotações à mão, no papel, foram forçados a ser mais seletivos – porque você não consegue escrever tão rápido quanto pode digitar. E essa seleção do material que eles fizeram é o que os beneficiava.”

Mas não se assuste.

Mesmo diante desta constatação, Mueller não acredita que os alunos retornem aos cadernos espirais.

“Eu acho que é difícil convencer as pessoas a voltarem para a caneta e o papel.”

Novas tecnologias de tablets estão sendo desenvolvidas.

E os estudantes, claro, já estão ficando por dentro delas. 



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