A Polícia Civil prendeu na sexta-feira (10) quatro suspeitos de integrarem uma quadrilha do “golpe do amor”. Entre as vítimas, segundo a polícia, está uma idosa de 74 anos que fez empréstimos consignados para enviar quantias ao suposto namorado sírio que havia conhecido na internet e que prometia a ela que iriam se casar. Ela denunciou o caso à polícia, dando início à investigação.
A quadrilha é composta de brasileiros e colombianos, que inventavam personagens para enganar as vítimas. Eles chegaram a mandar mensagens em inglês falando “I love you” (Eu te amo) e usavam imagens de pessoas reais, como a de um prefeito de uma cidade europeia. A abordagem também é conhecida como “golpe don Juan”. Outras sete mulheres teriam sido vítimas do grupo.
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Além dos quatro presos, outros três suspeitos foram levados para a 5ª Delegacia Seccional de São Paulo, na zona leste, e prestarem depoimento.
Como funcionava
De acordo com as investigações, um dos integrantes da quadrilha consegue o número de telefone da vítima e a chama para conversar. Segundo o delegado Milton Burguese, o grupo mandava mensagens aleatórias para várias pessoas até que escolhessem o alvo certo para aplicar o golpe. A preferência era por mulheres idosas.
Depois de algum tempo, o namorado, que supostamente mora em outro país, diz que recebeu uma bonificação em dinheiro no trabalho e que vai para o Brasil para que, juntos, ele e a vítima possam comprar uma casa e construir a vida a dois.
Combinada a viagem, o golpista diz que vai mandar algumas bagagens antecipadamente e pede que a vítima pegue para ele. Nesse ponto do golpe, outros integrantes assumem e entram em contato com a mulher para informar que são funcionários de uma transportadora.
Os golpistas dizem que, para pegar o material, a mulher precisa pagar uma taxa. Com isso, a quadrilha consegue altas quantias em dinheiro e recebe valores milionários de diversas vítimas que caem no golpe.
O crime em que a quadrilha se enquadra, segundo a polícia, é de estelionato emocional. As investigações continuarão ainda depois da operação. Pelo menos cinco boletins de ocorrência foram descobertos vinculados à quadrilha.
Fonte: r7.com