Jovens alunos cientistas de Rondônia participam de hoje (9) até sábado próximo, da Feira Internacional Ciência Jovem em Recife (PE), e da Feira de Tecnologias, Engenharias e Ciências (Fetec) em Campo Grande (MS).
Ambos são eventos gratuitos, com palestras, exposição, oficinas, mesas redondas e visitas a laboratórios.
Em sua 23ª edição, a feira pernambucana reúne o que de melhor é produzido nas escolas do País.
Segundo informa a Secretaria Estadual de Educação de Rondônia (Seduc), o evento organizado pelo Espaço Ciência, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Governo do Estado do Pernambuco expõe trabalhos de todos os estados do Brasil, do Chile, Colômbia, México e Paraguai.
Orientados pelo professor João Rodrigues Barbosa, os alunos pesquisadores Max Well Rodrigues de Oliveira e Luiz Philipe dos Santos, da Escola Estadual Bartolomeu Lourenço de Gusmão, de Porto Velho, apresentam na feira o Projeto 69 Game, ferramenta auxiliar na área educacional e cujo nome se deve a 69 tentativas para criá-lo.
Esse projeto contempla jogos educativos. Seus autores têm consciência de que o invento não corrige atrasos causados no setor, entretanto, impulsionam jogos educativos, através de motores gráficos, para auxiliar os profissionais da educação e o público afim para a melhoria do rendimento nas diversas áreas de conhecimento.
Ainda em Recife, o Colégio Tiradentes de Jacy-Paraná mostra o projeto de irrigação criado pelos alunos Hélio Paulo Leite de Lima e Cleiton Domingos Belinge Vicentini, sob orientação da diretora, professora Erika Josiani Ossuci.
Com o uso de um sensor de umidade (higrômetro), esse sistema automatizado agrega várias tecnologias, contribuindo para o uso mais racional da água no solo.
Em Campo Grande, os alunos Luiz Henrique Mocelin Gomes, Lucas Kihara de Barros e Priscila Cofani Costa Pomini, da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Marechal Cordeiro de Farias, de Pimenta Bueno, expõem o inventário de angiospermas da Praça dos Pioneiros, dessa cidade.
Essa praça bem frequentada nos fins de semana tem 18 mil m², correspondentes a uma área verde de Pimenta Bueno, e serviu de laboratório para pesquisa dos componentes arbóreos e morfologia de caule e folhas. A pesquisa possibilitou o inventário de 103 distribuídas em 18 espécies, 18 gêneros, e 13 famílias, e dessa quantidade, 61% são nativas e 39% exóticas.
FEROCIT SERÁ INTERNACIONAL
Este ano, a terceira edição da Feira de Rondônia Científica de Inovação e Tecnologia (Ferocit) premiou e classificou por categoria, entregando medalhas e troféus aos participantes da Mostra Internacional de Ciência e Tecnologia (Mostratec), em Novo Hamburgo (RS), no mês passado; Ciência Jovem em Recife, Fetec em Campo Grande, Fecitec de Palotina (PR) e do Encuentro Latino-americano Semilleros Jovenes Investigadores, em Valledupar (Colômbia).
Foi nessa cidade do Departamento de César que fizeram sucesso barrinhas nutritivas feitas com sementes e frutos de cereais produzidos por alunos do Colégio Tiradentes no distrito de Jacy-Paraná, em Porto Velho. Com isso, eles garantiram vaga na Feira Internacional do Panamá em março de 2018.
“A Ferocit, que a partir do próximo ano também será internacional, motiva o intercâmbio entre estudantes, pesquisadores e a sociedade em geral”, afirmou um dos coordenadores, Ederson Rodrigues.
Lembrou que esse evento divulga e socializa trabalhos científicos, encaminhando para feiras nacionais e internacionais, projetos credenciados de alunos e professores da rede pública estadual.
“Sem dúvida, há um avanço formidável: o projeto 69, aplicado no âmbito da Escola Bartolomeu de Gusmão, por exemplo, possibilita aos educadores a tabulação de dados referentes às dificuldades dos alunos em cada área do conhecimento”, comentou.
Ele elogiou o governador Confúcio Moura e o secretário de educação, Valdo Alves, por proporcionarem resultados “nunca antes alcançados nessa área”. A mobilização de Alves sensibilizou o governador, que autorizou o fornecimento de passagens para professores orientadores e alunos.
DESTAQUES
NA MOSTRATEC
Na Mostratec, em outubro, destacaram-se os projetos: Conhecimento tradicional Indígena: alisante natural para cabelos, da Escola Sertanista Francisco Meireles, de Cacoal; o aplicativo Android Aluno Digital, da Escola Estadual Carmela Dutra, de Porto Velho; e Investindo no capital humano: altas habilidades, da Escola Estadual Barão do Solimões, também da capital.
O alisante foi produzido na Escola Francisco Meireles pelos alunos pesquisadores Oikoealap Sulivan Suruí e Charles Oiyewamê Suruí, orientados pelo professor Cleverson Fernando Silva.
“Essas premiações motivam os alunos à competitividade com outros estados do Brasil e outros países”, comenta Rodrigues.
O Android Aluno Digital é uma descoberta dos alunos pesquisadores Aldo Lery da Costa Junior e Robert Willian Nascimento, orientados pelo professor Cleiton Aparecido de Araújo.
O trabalho Investindo no capital humano: altas habilidades, orientado pela professora Lucy Mara Camacho, foi desenvolvido pela aluna Giovana Dayse Candeia Palácio.
Em 2018, visitantes da Ferocit, em Porto Velho, terão a oportunidade de conhecer projetos nacionais dos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul Rio Grande do Sul, Pará, Paraná, Roraima e São Paulo. E internacionais credenciados na Argentina, Colômbia, Indonésia, Itália, México, Ucrânia, Peru, e Turquia.