Sem citar Luciano Huck ou sua mulher, Angélica, a Rede Globo informou à Folha que vem realizando "várias conversas" neste final de ano com funcionários seus, visando confirmar eventuais candidatos em 2018 e tirá-los do ar.
"A Globo tem por hábito, no período que antecede anos eleitorais, conversar com diversos profissionais de seu 'casting' para lembrar a política interna de eleições", afirmou a emissora, questionada sobre o apresentador.
"Por essa diretriz interna, já em vigor há anos, quem tem a intenção de se candidatar ou de participar de alguma campanha eleitoral deve avisar com antecedência à emissora."
A revista "Veja" publicou que a direção da Globo teve uma "conversa franca" com Huck e decidiu que, se ele quiser se lançar candidato, "terá de sair da emissora até dezembro, sem volta".
A pressão sobre o apresentador aumentou após suas reuniões públicas com o ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB), sondado para vice, e com o PPS.
No caso da Globo, a rede define até dezembro a sua nova programação, inclusive orçamentos, para a temporada que começa em abril.
Mas a pressão não se restringe à televisão. Também os patrocinadores, tanto do programa quanto aqueles diretamente ligados a Huck, vêm cobrando uma definição do apresentador quanto à sua candidatura a presidente.