PF faz operação em Rondônia contra planos de ataques de facções criminosas

A Polícia Federal cumpre na manhã desta quinta-feira (11) três mandados de prisão preventiva e quatro mandados de busca e apreensão em Porto Velho nas operações Pé de Borracha e Morada do Sol. Estão sendo investigadas pessoas ligadas ao PCC, uma facção criminosa que age dentro e fora dos presídios. A Polícia Federal diz que os envolvidos estariam planejando ataques em seis cidades do Brasil, incluindo a sede do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), em Brasília.

O grupo investigado é composto por chefes da facção que estão no presídio federal de Porto Velho. Três mandados estão sendo cumpridos dentro da penitenciária e um em uma residência na capital de Rondônia. Medidas cautelares também estão sendo utilizadas, como a proibição de visitas íntimas.

Segundo a PF, foi identificado que os criminosos buscavam desestabilizar o Sistema Penitenciário Nacional com a ameça do uso de explosivos, para terem reivindicações atendidas. Os criminosos também planejavam o sequestro, tortura e assassinto de agentes públicos para pressionar o Governo Federal e o Supremo Tribunal Federal (STF) permitirem as visitas íntimas, que foram suspensas nas pentenciárias federais em julho de 2017.


Ainda de acordo com a PF, esses criminosos trocam bilhetes através de 'terezas', cordas criadas com fios de roupas, e os deixam com subordinados, que os repassam para suas companheiras ou irmãs, durante visita íntima. As mulheres ficam responsáveis por digitalizar e mandar os bilhetes para integrantes de outra facção.

Nesta manhã, três dos líderes, que já estão presos, serão mandados para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). Além disso, agentes da PF em Porto Velho realizam buscas nas celas dos três homens custodiados na penitenciária federal e na casa onde as mulheres envolvidas no esquema estão hospedadas.

Segundo a Polícia Federal, 10 mulheres estão sendo investigadas, cinco delas têm envolvimento com homens que estão na Penitenciária Federal de Porto Velho (RO), duas com detentos da Penitenciária Federal de Campo Grande (MS), uma com homem do Sistema Penitenciário Estadual do Rio Grande do Norte e uma com detento da Penitenciária Federal de Catanduvas.



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