Dois homens foram presos suspeitos de sequestrarem e matarem um jovem em Guajará-Mirim (RO). O corpo do rapaz de 21 anos foi achado na Serra dos Parecis nesta quinta-feira (1°), ponto turístico na fronteira entre o Brasil e Bolívia. A vítima foi morta com 10 tiros, sendo estes nas costas e cabeça.
A mãe de Bruno contou como foram os momentos finais do filho, antes dele ser sequestrado. Segundo Cleide Maria Vieira, o filho ligou duas vezes.
"Ele só falou que quando ia lá pra casa chegou dois caros próximo dele, de moto. Ele achou que ia ser um assalto, aí ele foi puxar o celular e nisso os caras saíram de perto. Aí ele me avisou e eu tava parado mais na frente e vi os caras chegando na casa, aí ele passou. Quando ele ligou de novo disse: 'mãe, são eles mesmo', mas desligou. Quando ligou de novo foi outro filho meu que atendeu, aí ele ouviu o Bruno dizendo: 'eu não sei de nada'. Aí perdemos contato", relembra.
O corpo de Bruno foi achado nesta quinta-feira no topo da Serra dos Parecis. Uma denúncia anônima informou à Polícia Militar (PM) que o jovem estava morto e a Polícia Técnico Científica (Politec) foi acionada. Em seguida, o corpo foi levado para o necrotério do Hospital Regional Perpétuo Socorro.
Uma denúncia levou a equipe de Policiai Civil e da Unidade Especializada de Fronteira (Unesfron) até um apartamento localizado na Avenida Bolívia, bairro Planalto, onde foram presos Micael Lima, de 19 anos, vulgo "Micael Psy" e João Ricardo Lima Barbosa de 27 anos. Ambos confessaram que Bruno foi acusado de ter subtraído uma motocicleta modelo Biz, que pertence a um homem conhecido por “Beethoven” e que estava emprestada para Micael, quando foi furtada da varanda da residência onde ele reside. Ao tomarem conhecimento do autor do furto, seguiram atrás de Bruno, onde foi levado para uma residência, após ser torturada foi transportado para outro local e posteriormente para o Parque dos Parecis. Como Bruno não dizia que estava de posse do veículo, Micael teria efetuados os disparos contra o mesmo.
O carro usado no rapto e os aparelhos celulares dos presos foram apreendidos. A arma, segundo os acusados, foi jogada em um matagal, não sendo localizada.
O homem conhecido por “Beethoven” ainda está foragido. Micael e João, após serem autuados em agrante pelo homicídio, foram conduzidos para o presídio masculino de Guajará-Mirim e estão à disposição da Justiça.