Devido ao mau tempo, a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) interromperam as buscas pelo avião de pequeno porte, modelo PT-INC, que desapareceu na Serra do Mangaval (a 150 km a Oeste de Cuiabá), na noite de sexta-feira (30).
A aeronave partiu de Pimenta Bueno com destino a Santo Antônio do Leverger (MT).
As buscas foram canceladas devido à chuva e a queda de temperatura que resultou em grandes neblinas na região, o que impede a visualização das equipes de resgates. As aeronaves da FAB e do Ciopaer devem retonar à Serra do Mangaval assim que houver melhoras nas condições climáticas.
Até o momento, foram identificadas duas pessoas que estavam a bordo do avião, sendo o piloto Marcelo Balestrin e o co-piloto John Venera, ambos seriam funcionários da empresa Ciclo Cairu – do ramo de bicicletas, na cidade de Pimenta Bueno. Há informações preliminares de que uma terceira pessoa estaria na aeronave, mas isso não foi confirmado pelas autoridades.
As buscas na Serra do Mangaval são feitas com base no mapa de rotina de voos, com aproximação ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande. No entanto, as equipes de resgate não sabem ao certo onde a aeronave caiu.
Nas redes sociais, grupos de aviadores também acompanharam o voo até cerca de 150 km do destino, quando a aeronave desceu subitamente a quatro mil pés e desapareceu do radar.
Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) a aeronave está irregular, com certificado de voo cancelado. O avião foi fabricado em 1972 e pertence a Wilson Cheris Vera.
VILHENENSE
Aos 40 anos, Marcelo Balestrin (que era o comandante da aeronave e não co-piloto, como informou equivocadamente a FOLHA, em reportagem anterior), morou por muitos anos em Vilhena, antes de se mudar para Pimenta Bueno. Em Vilhena, ele trabalhou como vendedor em loja de móveis. Também já foi caminhoneiro e pilotava há cinco anos. É casado e tem duas filhas.
A família do aviador (parte dela morando em Portugal) acompanha com apreensão as buscas por ele. Uma irmã de Marcelo veio de do Paraná para Cuiabá (MT) a fim de acompanhar o trabalho de resgate.