Os casos de dengue e de zika vírus aumentaram nesse primeiro semestre de 2020 no Estado de Rondônia, em comparação com o mesmo período do ano passado, segundo boletim epidemiológico de arboviroses da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Em contrapartida, as notificações de chikungunya diminuíram. A Agevisa desenvolve papel de monitoramento para assessorar os municípios na realização de ações, para evitar a proliferação do mosquito Aedes aegypti.
Conforme os dados da Agevisa, no período de janeiro a agosto de 2020, foi registrado 2.970 casos de dengue, comparado com o mesmo período de 2019 que foi 530. Houve um aumento de 460%, em relação à Zika, que teve um aumento de 35% dos casos positivos e Chikungunya redução de 28% no Estado de Rondônia.
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Esse aumento de casos pode ter ocorrido por vários fatores de contribuição, além do período chuvoso, as pessoas passaram a ficar mais tempo em casa devido a pandemia do coronavírus. “Os criadouros então nos quintais, calhas, jarro de plantas entre outros, no aglomerado de pessoas, presença do vetor e a pessoa contaminada que é fonte de transmissão para o vetor, favorecendo a disseminação da doença”, relata a coordenadora Estadual de Controle da Dengue e Outras Arboviroses da Agevisa, Bárbara Moura Lopes.
O descuido das medidas de prevenção é outro fator que a população tem que tomar para evitar a proliferação do Aedes aegypti – nome científico do mosquito que transmite a dengue, zika, chikungunya e Febre Amarela. “Precisamos trabalhar com a prevenção, eliminando os criadouros, não deixando locais que possam acumular água, o mosquito Aedes aegypti já se adaptou e coloca os ovos dele tanto na água suja quanto na limpa. O criadouro predominante no Estado é o lixo, a população precisa se conscientizar e deixar o seu quintal limpo, guardar pneus em locais cobertos, recolher folhas secas do quintal, tampar as caixas d’água, telar os suspiros das fossas e descartar os lixos de forma correta”.
Rondônia trabalha com empenho e dedicação, se preocupando com o aumento dos casos de dengue. Para isso, a Agevisa trabalha junto aos municípios com a prevenção e monitoramento, assessorando com entregas de inseticidas para eliminar os criadouros e bloqueio de casos. “Quando o município entra em surto, mesmo tendo realizado todas as ações, e não obteve o controle, eles solicitam uma ação com a UBV pesada (fumacê), que é utilizado em último caso”, explica a coordenadora Bárbara Moura Lopes.
Os municípios que mais apresentam casos confirmados de dengue nas últimas semanas são: Itapuã do Oeste, Buritis, Cacoal, Espigão do Oeste, Rolim de Moura, Vilhena e Porto Velho. A Agevisa já entregou para esses municípios os inseticidas para realizar as ações de bloqueio da proliferação do mosquito, mas é importante ressaltar que a população precisa fazer sua parte em manter os quintais das residências sempre limpo, vasos de plantas sem acúmulo de água e evitar jogar lixo nas vias públicas e terrenos baldios.
Fonte SECOM RO