Cirurgiões plásticos realizam reconstrução de orelhas a partir da cartilagem das costelas no Hospital de Base em Porto Velho

Desde os oito anos de idade este é o meu sonho, estou um pouco ansiosa, mas feliz. No sábado me ligaram e me avisaram da cirurgia”, disse a jovem Ana Carolina dos Santos, 21 anos, que é uma das nove pacientes que passaram pelo procedimento de reconstrução da orelha executado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) no Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro (HBAP), em Porto Velho, em parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBPC).

O cirurgião plástico responsável pelos procedimentos e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Leandro Debs Procópio, explica que estas ações para cirurgias reconstrutivas e reparadoras tem recebido o apoio da SBPC e os médicos voluntários tem visitado vários estados para realizar os procedimentos.

“É a terceira vez que realizamos a ação para pacientes que nasceram com alguma malformação na orelha ou sofreram algum trauma, como queimadura, corte ou mordida, em que a pessoa perdeu parte do pavilhão auricular e para nos ajudar contamos com apoio do especialista Gustavo Moreira, cirurgião plástico de Belo Horizonte para nos ajudar, pois é uma cirurgia de alta complexidade, uma das mais difíceis de reconstrução é a de orelha”, disse Leandro Debs Procópio.

O secretário da Sesau, Fernando Máximo, conheceu um pouco da história de uma dos pacientes submetidos ao procedimento, um jovem que veio do interior e que teve parte da orelha arrancada por um  cachorro. “Estas cirurgias são complexas e demoradas. Os pacientes aguardam muito tempo pela realização. O momento hoje é de vitória por conseguirmos devolver a autoestima a algumas destas pessoas e, também, de agradecer pela parceria”, destacou Máximo.


Segundo o especialista Gustavo Moreira, o procedimento é feito em várias etapas.“Esta é a primeira etapa para a maioria dos pacientes que foram chamados onde se faz o arcabouço cartilaginoso retirado da costela, é um trabalho delicado em que é necessário esculpir bem para que fique o mais parecido possível com uma orelha e na segunda etapa a gente solta essa orelha da região lateral da cabeça e, se for o caso, outras etapas podem ser necessárias”.

Ainda de acordo com o cirurgião, para pequenas perdas usa-se a cartilagem da outra orelha, mas para perdas totais a costela é a única fonte de cartilagem viável para fazer uma estrutura completa.As cirurgias foram realizadas nos dias 17,18 e 19 de novembro.

Fonte Secom RO