O senador Confúcio Moura (MDB-RO), presidente da Comissão Mista do Congresso Nacional que acompanha as medidas do governo no enfrentamento da pandemia, destacou a audiência pública desta terça-feira (08), que debateu as atualizações dos dados científicos relacionados à Covid-19, sobre diagnósticos, tratamentos, imunologia e prognóstico da evolução da doença, como extremamente importante.
O parlamentar assegurou que, além de disponibilizar os dados na página da Comissão, e de atualizar o Congresso com recomendações do colegiado, irá encaminhar informações à Presidência da República recomendando especial atenção aos ministros e demais gestores quanto aos dados apresentados nesta audiência.
A respeito da Amazônia, o diretor de Estudos e Politicas Setoriais de Inovação e Infraestrutura do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), André́ Tortato, respondeu a um questionamento do senador afirmando que o mundo entrou no paradigma em que é preciso preservar e desenvolver ao mesmo tempo.
Tortato disse que a Zona Franca é destinada ao desenvolvimento de tecnologias, e que esse fator necessita ser explorado de maneira mais racional. “A gente precisa fazer desenvolvimentos biotecnológicos na Amazônia. A gente precisa criar condições para que os ribeirinhos tenham renda ao mesmo tempo que preservam a mata que os cerca, a natureza que os cerca. E isso passa por um forte investimento em biotecnologia”, declarou.
O senador lembrou que aproximadamente 6 milhões de crianças da educação básica não têm acesso à internet, celular, tablete, ou computador, e indagou o diretor do Ipea sobre a formatação de um programa para que alunos tenham acesso à tecnologia na Amazônia. André́ Tortato disse que o Ipea está recomendando que o Programa “Mais Luz para a Amazônia” seja intensivo na geração de energia solar, com a produção de tecnologia local.
Sobre o acesso tecnológico ao aluno, Tortato disse que a maneira mais rápida para que isso aconteça é por meio de recursos do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional). Segundo ele, a compra de chips de operadoras privadas, fornecimento de chips aos alunos e compras públicas de tablet ou celular. Melhor que seja celular, porque é uma tecnologia que permite maior conectividade. “Compras públicas no mercado privado e doação do Estado de chips com dados já pré-pagos para os alunos das redes de ensino público”, sugeriu.
Além de internautas, senadores e deputados membros da comissão, participaram ainda do debate o diretor do Departamento de Informática do SUS (Datasus), do Ministério da Saúde,Jacson Venâncio; o ex-ministro da Ciência e Tecnologia, Coordenador do Comitê Científico de Combate ao Coronavírus formado pelo Consórcio Nordeste, Sérgio Rezende; e o Oficial Nacional da Unidade de Vigilância, Preparação e Resposta a Emergências e Desastre da OPAS, Organização Mundial da Saúde, Juan Cortéz.
Fonte Assessoria