Grávida morre
Uma gestante morreu a caminho do hospital depois que um monitor cardíaco caiu sobre sua cabeça dentro da ambulância que a transportava. O médico que acompanha o processo de investigação disse que o equipamento caiu depois que o motorista precisou fazer uma manobra brusca durante o trajeto. “O equipamento é preso com um velcro, que se soltou com a manobra. Me disseram que uma enfermeira ainda tentou amortecer a queda do objeto, mas não conseguiu”, relatou.
Após o acidente, o motorista chegou até o Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM), em Uberaba, Minas Gerais. Kamily Pricila Fernandes de Oliveira, de 20 anos, estava grávida de sete meses e meio, ela chegou à unidade ainda com vida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Já o bebê, foi atendido e passa bem.
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O secretário de Saúde de Sacramento, Reginaldo Afonso dos Santos, confirmou que o processo administrativo foi aberto nesta segunda para apurar o que ocorreu dentro da ambulância no momento do acidente.
O pai da jovem, Marcelo Antônio de Oliveira, disse que ela passou mal depois que o avô dela faleceu no último dia 09 de janeiro. Foi então que Kamily foi levada a Santa Casa de Misericódia de Sacramento. No mesmo dia, de acordo com o pai, ela recebeu atendimento médico e foi liberada para voltar para casa.
No dia seguinte, Kamily foi até um posto de saúde para apresentar alguns exames. Na unidade, ela voltou a passar mal e foi levada de ambulância para a Santa Casa.
Após algum tempo, a jovem piorou, teve convulsões e precisou ser transferida para o HC-UFTM. Segundo o pai, ninguém da família conseguiu acompanhá-la na ambulância, e ele foi até Uberaba de carro.
O pai disse ainda que aguardou várias horas na unidade, até ser informado por uma médica que o prontuário apontava que a jovem havia sido atingida por um objeto na cabeça. No mesmo dia, ela passou por uma cirurgia de cesariana para a retirada do bebê.
Já na quinta (12), Kamily teve morte cerebral constatada pelos médicos. A família autorizou a doação de seis órgãos dela para outros pacientes.
Marcelo disse ainda que aguarda a retirada de documentos para definir se vai registrar um boletim de ocorrência sobre o caso. “Eles erraram e precisam responder pelo erro”, completou.
(Luciana Carvalho, estagiária da Redação sob supervisão de Elisa Vaz, repórter do Núcleo de Política).
Por Luciana Carvalho / O Liberal
Fonte: o liberal