O Facebook bloqueou neste sábado (5) a live do francês Alain Cocq, de 57 anos, que estava transmitindo sua morte ao vivo na rede social.
“Embora respeitemos sua decisão de querer chamar a atenção para este assunto complexo, com base no conselho de especialistas, tomamos medidas para evitar a transmissão ao vivo na conta de Alain, pois nossas regras não permitem não uma representação de tentativas de suicídio ”, disse um porta-voz do Facebook.
Transmissão da morte ao vivo pelo Facebook
Cocq decidiu transmitir sua morte pela rede social depois que abandonou o tratamento da doença incurável, rara e ainda sem nome da qual sofre. Ele resolveu parar de se alimentar e não tomar mais remédio porque o presidente da França, Emmanuel Macron, negou que ele recebesse uma sedação por barbitúrico, o que o colocaria em sono profundo até que morresse.
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A negação ocorreu porque a legislação do país só permite esse tipo de procedimento quando o paciente está em estado considera terminal. “Como não estou acima da lei, não posso concordar com sua exigência”, disse Macron.
A doença que acomete o francês cola as paredes de suas artérias e provoca a parada ou insuficiência da circulação do sangue em tecidos e órgãos. Cocq está paralisado em uma cama há 34 anos e, segundo o jornal Le Parisien, sofre de dores incessantes.
“A estrada para a libertação começa e, acredite, estou feliz. Sei que os dias que se seguem serão difíceis, mas tomei a minha decisão e estou calmo. […] Vai ser muito difícil, mas não vai ser muito em comparação com tudo o que vivi. Assim é a vida. Adeus”, escreveu ele em sua conta do Facebook após anunciar o que teria sido sua última refeição.
A transmissão de seu falecimento ao vivo pelo Facebook seria, segundo Cocq, uma forma de protesto para que a França mude a legislação que não permitiu que sua morte fosse auxiliada pelo sistema de saúde. A ideia era iniciar a live depois de parar de se alimentar e continuar o registro até o seu último suspiro.
Fonte RicMais