A Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste (RO) conseguiu localizar a faca de titânio, altamente afiada, usada por Ronaldo dos Santos Lira, o “Fronteira”, 36 anos, para causar sofrimento, dor e a morte de Laryssa Victória, em sua casa no Residencial Colina Park, na manhã do dia 19 de março (sábado) como ele mesmo detalhou em depoimento na semana passada.
Em suas declarações mais macabras e cruéis, durante o depoimento prestado ao delegado Niki Alves Locatelli, com a presença de seu advogado de defesa, Ronaldo disse que Laryssa acordou e perguntou porque ele a estava enforcando, teria partido pra cima dele, que conseguiu imobilizá-la.
O assassino além de ter dito que colocou os dois pés sobre a poça de sangue de Laryssa, ainda viva, e sangrando, disse ainda que colocou a mão esquerda no sangue que jorrava para senti-lo em seu corpo, pegou a cabeça da menina e jogou contra o chão, pressionou a perna dela com a perna para jorrar mais sangue. Foi como ele estivesse matando um animal.
“Nesse momento montei em cima dela, levantei o pescoço e dei o primeiro golpe no pescoço. Após isso, eu levantei e fiquei olhando o sangue descer. Ela passava as mãos no pescoço, eu passei minhas mãos nas mãos dela para sentir o sangue”.
Ronaldo Fronteira disse que Laryssa reagiu novamente e grudou na faca, cortando a mão dele, ela o mordeu e ele soltou a faca. Em seguida, ele fala: “O sangue descia devagar, pois o corte foi superficial, porque eu queria matá-la de forma lenta, consumando o sacrifício”.
LEIA MAIS
Homem perde controle de Saveiro, bate em muro e morre
Família acusa mulher de matar amante envenenado com bombom
Morre funcionária da Energisa baleada por idoso que suspeitou de ‘gato’
O assistente social revelou que não esmurrou Laryssa, e que o rosto dela machucado foi por ele ter batido com a cabeça dela várias vezes contra a parede, quando ela reagiu
“Foram vários golpes que eu dei no pescoço, e a cada golpe que eu dava no pescoço eu segurava a faca e torcia bem devagar para ouvir os estalos e ver o sangue descer”.
Até esse momento, ele afirma que a adolescente ainda estava viva, mas não tinha mais força para repetir a pergunta de o porque ele estava fazendo aquilo com ela.
Em meio a essas declarações, o falastrão covarde afirmou que bebeu uma garrafa de vodca na calçada de uma loja de caça e pesca, perto da conveniência do posto de combustíveis.
Ele cita o nome de um indivíduo várias vezes, a quem ele atribui ser seu único amigo na cidade, que chegou a acompanha-lo até a entrada da Praça da Liberdade.
Em sua declaração bizarra e demoníaca, Ronaldo disse que pegou a faca com as duas mãos, centralizou na testa dele, com a lâmina para baixo, tipo fazendo um ritual, e desferiu um golpe profundo em direção ao pescoço de Laryssa. “Esse golpe atingiu abaixo do queixo e então o sangue jorrou por grande parte do quarto, conforme eu desejava, coloquei a mão esquerda para colher um pouco do sangue e senti-lo no meu corpo”, relatou friamente.
Ele disse em depoimento que a faca, com coldre e uma pistola de airsoft foram comprados em 2018 durante uma viagem a Curitiba (PR): “Comprei isso porque já testava com a intenção de matar alguém, mesmo que não fosse a menina Laryssa seria outra pessoa”, disse em depoimento o facínora, informando que se desfez da pistola airsoft.
Ronaldo não mencionou nenhum sinal de empatia ou demoonstrou qualquer remorso com o fato de ter cometido tantas atrocidades com Laryssa, ele apenas diz que a escolha da vítima dele naquela noite seria aleatória, podia ser homem ou mulher, seus “anjos” o alimentaram para isso.
O réu Ronaldo dos Santos Lira foi transferido de Ouro Preto do Oeste, temporariamente, no final da semana passada. Em primeiro momento, ele seria levado para o presídio de Jaru, mas a reportagem apurou que Fronteira foi encaminhado para presidio de outra região.
EX-CANDIDATO A VEREADOR E A DEPUTADO ESTADUAL POR OURO PRETO DO OESTE, QUE CONFESSOU ASSASSINATO DEMONÍACO E CRUEL CONTRA ADOLESCENTE FOI TRANSFERIDO TEMPORARIAMENTE DA CASA DE DETENÇÃO LOCAL.
fonte correio central