A reconstituição da morte da jovem Tátila Portugal, em Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, foi realizada na noite de quarta-feira (3) por peritos da Polícia Técnico-Científica e um perito particular. A jovem morreu no dia 6 de setembro de 2020, no apartamento onde vivia com o namorado Cleverson Siebre, de 27 anos. Ele é apontado pelo Ministério Público como responsável pela morte dela.
O perito criminal contratado pela defesa, Eduardo Llanos, disse que o laudo a ser produzido por ele possivelmente vai indicar a morte da jovem por suicídio amparado em elementos técnicos e na ciência.
“Diante do estudo dos elementos oferecidos no processo e realizado pela polícia e hoje com a reprodução simulada, nós temos elementos convergentes e divergentes ao fato. Temos elementos convergentes em maior quantidade ao suicídio”, declarou.
Os pais da jovem, que tinha 24 anos quando morreu, acompanharam a ação da calçada em frente o imóvel. “Não foi suicídio. Eu sei disso. Ela era uma menina alegre, jamais ia tirar a própria vida. Vamos provar isso e que o verdadeiro culpado continue preso”, desabafou a mãe dela, Verônica Portugal.
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Pais de Tatila acompanham a reconstituição e defendem que a filha não cometeu suicídio — Foto: Luiz Martins/Rede Amazônica
A reprodução simulada também teve a participação da Polícia Civil.
O caso
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Tatila Portugual foi vítima de feminicídio, segundo o Ministério Público — Foto: Reprodução/Rede Sociais
Tátila foi encontrada morta em setembro de 2020 no apartamento em que morava com o namorado Cleverson Siebre, conhecido como Kevyn. No boletim de ocorrência, que inicialmente classificou o caso como suicídio, consta que o suspeito disse aos policiais ter chegado com a vítima de um sítio, após terem consumido bebida alcoólica e, na sequência, os dois começaram a discutir.
Ele relatou que, “para a situação não piorar”, saiu do apartamento “para dar uma volta” e quando voltou, encontrou a namorada morta por enforcamento. Ainda segundo o boletim de ocorrência, o cantor disse que pediu ajuda de um vizinho e levaram a jovem até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde a morte dela foi confirmada.
Na época, um inquérito da Polícia Civil foi instaurado para apurar as contradições sobre a morte da jovem. O laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que as lesões no corpo de Tátila não eram compatíveis com a corda usada no suposto suicídio e a prisão temporária de Kevyn foi representada e aceita pela Justiça. Depois, a prisão foi convertida em preventiva.
O G1 entrou em contato com a defesa do acusado, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Fonte G1 RO