A Polícia Civil de Ouro Preto do Oeste investiga o crime de homicídio ocorrido na manhã de domingo (17) no qual foi vítima Willian Ferreira Feitosa, 19 anos, ele foi atingido ainda sentado em cima de uma motocicleta Honda Fan 150 por um disparo na testa, no momento em que chegava em casa.
A mão do jovem estava com um furo do disparo, que também deixou um buraco no capacete.
A Polícia Civil investiga o crime que, a princípio, indicou conotação de ser um homicídio faccionado. No entanto, o jovem foi morto ao chegar em casa, no fim da madrugada, e sua morte pode ter relação com alguma possível confusão que ele tenha arranjado, ou outro fato qualquer.
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O jovem assassinado tinha cumprido uma pena para a Justiça, mas estava empolgado com atividade de tatuador e em composições de letras de funk com grupo de amigos. Ao que parece, o autor do homicídio aguardou pela chegada de Willian e o surpreendeu.
Imagens de câmeras de monitoramento próximas do local do homicídio, requisitadas pelo Serviço de
Investigação e Captura (Sevic), podem ajudar na investigação. Willian foi sepultado ontem, às 10 horas.
Willian Ferreira era egresso do sistema penal, por um crime cometido ano passado, na maior idade. Pagou sua pena e ganhou a liberdade condicional, mas usava tornozeleira. O monitoramento da tornozeleira, para saber por onde Willian andou até ser morto no portão de casa, também será fundamental para a investigação.
MC W.F. E TATUADOR
O jovem assassinado demonstrava querer deixar pra trás a história negra de sua vida, e ultimamente tentava a sorte como MC e tatuador, chegou a compôs músicas de funk e publicou trechos de refrões em sua página no Instagram que tem 862 seguidores. (veja abaixo).
A primeira música postada por MC WF em sua página em novembro de 2021, em que ele atribui a autoria da composição a um primo, tem o seguinte refrão: “É só rajada de pente, ou de fuzil ou de Ak (47), pouco me interessa o que importa é que o safado vai tomar tiro na testa”.
O autor da execução se aproximou e atirou ao menos mais três vezes contra Willian. O primeiro tiro transfixou uma mão da vítima, e o capacete que ela usava apresenta uma perfuração.
Willian também gravou funk exaltando “andar no grau”, onde defende que a lei de trânsito 244 não deveria ser considerada crime, manifestação típica de adolescentes e jovens.
Apesar de a letra da música em que Willian usa expressões de armas, e os crimes por ele praticado, Willian era tido no bairro como um indivíduo que não era maldoso, era de muitos amigos, e não tinha perfil perigoso como alguns jovens da região que enveredaram para o crime apresentam.
“Ele andou com companhias erradas e na adolescência praticou crimes contra o patrimônio, mas quando ficou maior de idade ele foi investigado e indiciado por crime de roubo, estava usando tornozeleira, a gente que tá na polícia não tem mais notícia que ele estava fazendo coisa errada, parecia estar andando na linha, investindo na carreira de tatuador, compondo”, comentou um policial civil.
A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese. O crime contra o jovem foi uma execução, a julgar pelo
depoimento de uma testemunha que afirmou ter ouvido ele pedir para que não o matassem.
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FONTE CORREIO CENTRAL