O retorno das aulas presenciais nas escolas privadas de faculdades em Rondônia, já está autorizado desde a última quinta-feira (29), quando o Estado completou 10 dias sem pacientes com Coronavírus na fila por UTI, mas a decisão fica a critério de cada instituição, segundo informou o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino (Sipepe), Guto Pellucio.
As aulas nas redes pública do Estado e do Município somente podem acontecer após planos de retomada do Governo e de cada cidade rondoniense.
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De acordo com o presidente do sindicato, desde o início da pandemia ele sempre defendeu que a educação não podia parar totalmente o atendimento presencial. “No momento em que tivesse mais crítico, que fosse algo individualizado, caso os números baixassem um pouco, que tivesse algum tipo de flexibilização, até mesmo para atender as famílias que precisam”, disse.
Com a fila de UTI zerada, algumas escolas começaram a retomar e ampliar o atendimento presencial nas escolas. “Depende muito de cada escola como isso vai acontecer, porque tem unidade que os pais precisam mais desse serviço e acabam cobrando mais da instituição para que ela amplie a oferta presencial dentro dos limites do decreto. Mas tem outros segmentos, que a pressão não é tão grande, então a decisão de retornar vai muito de cada instituição”, explicou Guto Pellucio.
Segundo o presidente, o retorno das aulas presenciais deve ser discutido com pais e alunos para que seja feito um alinhamento com as famílias. “Não é só porque a fila foi zerada que alguns vão retornar imediatamente. Essa situação do retorno vai muito do perfil de cada instituição e é necessário esse diálogo”, disse.
Guto Pellucio explicou que algumas escolas de Porto Velho já retornaram as aulas presenciais na quinta-feira. “É uma decisão que vai de cada instituição decidir”, destacou.
O presidente garante que escolas da rede particular estão preparadas para o retorno das aulas. “Desde o ano passado elas vêm se preparando, fazendo a aquisição de materiais e organizando salas”, finalizou Guto Pellucio.
Sindicato contra
O Sintero defende o retorno às aulas em Rondônia somente após os profissionais da Educação serem vacinados e diz que não abre dessa posição.
O que diz o decreto do Governo
– As atividades educacionais presenciais regulares na rede estadual ficam suspensas até a finalização do plano de retomada junto à Secretaria de Estado da Educação.
– A retomada das aulas nas escolas municipais ficará a critério de cada gestor municipal, com o devido plano de retomada de cada município, atendidas às diretrizes estabelecidas pelas notas técnicas da Agevisa.
– O retorno das aulas presenciais nas instituições privadas, seja de ensino fundamental, médio ou superior, ocorrerá somente após estabilização de 10 (dez) dias, sem filas de pacientes com a covid-19 para leitos de UTI, de forma gradual e escalonada, sendo a decisão de retomada facultada aos clientes e as mantenedoras, nos seguintes limites:
I – até 30% (trinta por cento) na Fase 1;
II – até 50% (cinquenta por cento) na Fase 2; e
III – até 70% (setenta por cento) na Fase 3.
– No caso de retomada, deverá ser respeitado o distanciamento mínimo de 120 cm (cento e vinte centímetros) entre as carteiras e obrigatoriedade de todos os funcionários e alunos utilizarem máscara, além de cumprirem os protocolos de saúde.
– As instituições de ensino deverão fazer o uso de meios e tecnologias de informação e comunicação para a oferta de aulas não presenciais, por intermédio de plataformas digitais, radiodifusão ou outro meio admitido na legislação pertinente vigente para os alunos que optarem por não retornar às instituições de ensino.
Fonte rondoniagora