Diante do registro de mortes e lesões pulmonares nos Estados Unidos provocadas pelo uso de cigarros eletrônicos, a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforça pedido aos médicos e profissionais de saúde brasileiros que notifiquem as autoridades sanitárias caso estejam tratando pacientes com suspeita de EVALI (sigla em inglês para lesão pulmonar associada ao uso de produto de cigarro eletrônico).
Os médicos devem estar atentos a doenças pulmonares que não tenham diagnóstico fechado para investigar se os pacientes fizeram uso dos dispositivos eletrônicos para fumar (DEFs) e, se esse tiver sido o caso, devem questionar sobre a frequência do uso e quais as substâncias consumidas. As informações devem ser relatadas à instituição no espaço do portal da Anvisa dedicado às notificações. Até agora nenhuma notificação foi feita.
Os sintomas respiratórios da EVALI incluem tosse, dor torácica e dispneia. Também são comuns sintomas gastrointestinais, como dor abdominal, náuseas, vômitos e diarreia e sintomas inespecíficos, como febre, calafrios e perda de peso.
Os Estados Unidos já registraram 2.291 casos de hospitalização por EVALI e, ao menos, 47 mortes. A mistura de acetato de vitamina E e THC é associada à maioria das doenças relacionadas ao vaper. De acordo com o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças, órgão de saúde dos Estados Unidos), mais de 9 milhões de norte-americanos são usuários de cigarros eletrônicos.
Na sexta-feira (06/12/2019), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) afirmou que três casos de EVALI já foram registrados no Brasil. Segundo a SBPT, os pacientes teriam usado essências de tetrahidrocanabinol (THC) em dispositivos comprados nos Estados Unidos, uma vez que a venda é proibida no Brasil.
Fonte: Metrópoles